Título: Pensando Numa Sociedade Igualitária
Aluno: Rafhael Veloso da Veiga
Escola: E.E.B Dom Pio de Freitas – Joinville – SC.
Professora: Mary Elisabeth de Mello Paino
Num mundo tão diversificado, diferenciado por tanta desigualdade, é muito importante estarmos sempre refletindo sobre as ações que direta ou indiretamente formam nossos valores e perpetuam conceitos de geração em geração.
Pensar em igualdade, nos transporta observando gestos, palavras, ações de supressão de direitos e atos de desrespeito aos que nos cercam.
Desde a antiguidade, orientamos nossa vida através de idéias concebidas por uma razão que segue princípios e regras de valores universais. Como seres humanos, temos a faculdade de escolher livremente valores éticos, utilitários, estéticos, religiosos e de podermos ser livres escolhendo entre eles. Somos os únicos que dão conteúdos éticos aos nossos pensamentos, valorando nossas ações. Ou que fazem as leis para justificar barbáries.
A camuflagem das palavras usadas, que preconizam os direitos de todos para todos, numa sociedade utópica, está presente nas escolas, fábricas, mídias, igrejas, criando uma imagem de igualdade não verdadeira.
Com o passar dos tempos, novas formas de preconceito e um número maior de minorias foram criados pela sociedade.
Todos nascem com direitos que vão se modificando e se perdendo, ao longo da existência, no emprego, na escola, na família, na sociedade.
Antigamente, as mulheres eram discriminadas abertamente, numa sociedade patriarcal, hoje esta situação continua maior ainda, através da venda de uma imagem sexual, pela análise de seu papel na sociedade apenas como procriadora, ou que vem através de comprovação de pesquisas científicas, afirmando sua menor capacidade física ou intelectual.
As desigualdades se expressam de várias formas: por gestos, olhares, palavras, que desfazem o caráter das pessoas, também quando vão a certos lugares, e seus direitos são desrespeitados.
Em todos os lugares temos exemplos de direitos desrespeitados, pois não existe diferença de ser mais ou menos ser humano.
Atualmente luta-se pela sensibilização e conscientização dos direitos das minorias: mulheres, negros, homossexuais, índios etc... São os grupos étnicos, de gêneros, preferências religiosas, sexuais, culturais. São os diferentes que não se enquadram na grande massa, mas que representam valores de uma cultura. Demonstram a diversidade da vida que o planeta Terra abriga.
Formamos a imagem da beleza, da perfeição, do exemplo de inteligência, esquecendo que cada um tem seu caráter, características físicas próprias e gostos. Para cada cabeça uma sentença. Junto com esta capacidade de incluir ou não, escolhemos ideologias formadas pelo grupo social onde estamos inseridos. A interferência cultural nas nossas atitudes é marcante: sabemos que os direitos humanos são universais, independentes do que somos ou nos tornamos, mas desconsideramos estes preceitos em função da sociedade. Considerar o outro como humano é permitir que ele tenha escolhas, livre de pré-conceitos. Sejamos dignos, ao fazer escolhas que atinjam os outros.
Muitas vezes o direito ao respeito pela vida, integridade física, mental e moral; ou o direito à liberdade e segurança pessoais; que ajudam a construir uma identidade livre, numa sociedade justa, ficam relegados a segundo plano.
Convivendo em uma sociedade violenta, somos muitas vezes coniventes com condutas, dentro da família, que causam danos, dores, sofrimento físico e sexual, psicológico, atos de violência, demonstrando a grande insensibilidade social dos fatos freqüentes nas relações sociais. Assimilamos o conceito e atos de violência como formas normais de conduta, dentro da família, ou em qualquer relação inter pessoal, somos agressores pacíficos dentro de casa, na comunidade, local de trabalho, escolas.
Mas a sociedade limita ou elimina muitas vezes esta condição de humanidade em função de valores culturais. Então nós, como pessoas, somos determinados pelo meio em que vivemos. Apoiar as modificações de uma cultura que a torna segregaria, poderá causar danos à própria identidade de cada um, em uma sociedade somos um grupo, acima do indivíduo, tornando necessário que se respeitem as diferenças apresentadas por cada um; bem como seu sistema moral. Cabe a cada um tentar modificar sua idéia de sociedade perfeita, incluindo o outro ao invés de excluir todos os diferentes.