SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
SETOR DE ENSINO – JOINVILLE – SC
SETOR DE ENSINO – JOINVILLE – SC
ATA DA REUNIÃO DO PROGRAMA “O CARÁTER CONTA”
DATA: 07/12/2005 – HORÁRIO: 15:00 h. – LOCAL: GEECT.
Correspondência Enviada para as escolas envolvidas:
Comunicação Interna Nº: 298
De: GEECT
Gerência de Educação, Ciência e Tecnologia
Data: 21/11/05
Para:
Diretores das Unidades Escolares
Assunto:
Reunião de Avaliação do Programa “O Caráter Conta”
Prezado (a) Diretor (a),
Vimos por meio desta comunicar que no dia 07 de dezembro de 2005, às 14:00 horas, no auditório da GEECT, ocorrerá a reunião de avaliação das ações desenvolvidas pelo Programa “O Caráter Conta” e entrega do respectivo relatório. Para tanto, convidamos o coordenador do Programa nesta escola para participar e trazer uma cópia do relatório impressa e em disquete ou CD. Qualquer dúvida favor entrar em contato com o coordenador do Programa na GEECT, Professor Jorge Schemes, pelo fone 3422-7992.
Atenciosamente;
Vereni Porto
Diretora de Ensino
Clarice Portella de Lima
Gerente Regional da GEECT
Escolas e instituições presentes:
1. EEB João Rocha.
2. EEB Gertrudes Benta Costa.
3. EEB Maria Amim Ghanen.
4. EEB Rudolfo Meyer.
5. EEB Rui Barbosa.
6. EEB Jorge Lacerda.
7. EEB Tufi Dippe.
8. EEB João Martins Veras
9. IEPES
10. GEECT
Escolas ausentes sem justificativa:
1. EEB Alícia B. Ferreira.
2. EEF Marli Maria de Souza.
3. EEB Georg Keller.
4. EEB Nair da Silva Pinheiro.
5. EEB Higino Aguiar.
6. EEB Juracy Maria Brosig.
7. EEB Nagib Zattar.
8. EEB Dom Pio de Freitas.
9. EEM Gov. Celso Ramos.
A abertura da reunião foi feita por Jorge Schemes da GEECT dando as boas vindas a todos e agradecendo a presença. Em seguida passou fez uma leitura do texto “O Rosto” para reflexão:
O ROSTO
Por: Jorge Schemes*
O rosto, como manifestação do humano é paradoxal, pois é ao mesmo tempo objetividade e subjetividade, tristeza e alegria, angústia e paz, “totalidade e infinito” (para mencionar uma das expressões de Emmanuel Lévinas). O rosto é manifestação e mistério; é concretude e idealismo, mas é no rosto e por ele que percebemos e somos percebidos enquanto seres humanos; o rosto nos aproxima e nos remete a uma necessidade ética universal. É pelo rosto que o outro nos impõe a necessidade de uma “alterconsciência” que de maneira nenhuma subjuga ou anula a autoconsciência. Essa “alterconsciência” (Consciência do outro) impõe a ética da alteridade como filosofia primeira, o que pressupõe uma relação ou inter-relação norteada pelo princípio do diálogo e da reverência. A ética da alteridade condena a segregação, a exclusão, os pré-conceitos e pré-juízos, e contempla o acolhimento do outro, a solidariedade, a diversidade e a justiça, não apenas como um discurso retórico, mas como atitude moral de comprometimento com o diferente, incluindo nesta classificação a nós mesmos, e conseqüentemente com o totalmente outro.
O rosto é a manifestação universal do humano no ser, do totalmente outro, fragmentado pelo mundo pós-moderno da técnica. O rosto é o clamor que se expressa sem palavras e que exige uma resposta ética, pois é no rosto e por ele que a totalidade do alter (outro) se comunica com o ego (eu), e é no rosto e por ele que o infinito (o transcendente) se torna um mistério e ao mesmo tempo se deixa antever. O rosto do outro assim como o meu rosto para o outro são ao mesmo tempo independentes e interdependentes, no sentido ético e moral isso significa autonomia e heteronomia. A ética da alteridade tem seu pressuposto fundamentado na heteronomia sem a exclusão da autonomia. Assim, o que importa é a relação ética que fundamenta as ações e o comportamento diante do rosto de outrem e dele para o nosso.
O rosto é clamor e exigência ética, ignorá-lo é viver no vazio do egoísmo individualista da autoconsciência. Antes de uma ontologia, faz-se necessário e imperativo uma alterconsciência ética. Ignorar o rosto e sua manifestação caleidoscópica e concreta diante de nós, equivale a ignorar o transcendente. O rosto é o convite ético do infinito na forma finita. Esse convite exige uma resposta do ego (eu), e essa resposta só pode ser possível por meio da ética da alteridade como filosofia primeira. O rosto nos impõe responsabilidade moral, o rosto nos conclama à justiça social, o rosto do outro estabelece os limites éticos e morais de minhas ações. Olhar no rosto do outro estabelece o primeiro passo para o compromisso e para o comprometimento ético, pois não podemos viver apenas para o ego solitário (egocentrismo) sem considerar que o rosto do outro nos convoca à justiça social e à solidariedade. O outro e nós mesmos nos revelamos no rosto na categoria de humanos, na condição de igualdade, mas ao mesmo tempo nos ocultamos nele, pois como já refletimos o rosto é totalidade humana (finitude) e totalidade divina (infinito e transcendência). O rosto é a expressão do humano que se impõe ao anti-humanismo pós-moderno, o qual vem até nós embrulhado na forma do consumismo. O rosto do outro, do excluído, é grito e súplica, e é ao mesmo tempo manifestação ética e exigência ética. O rosto do outro nos convoca à alteridade na qualidade de filosofia primeira. E como filosofia primeira, a alteridade se manifesta na ética em sua mais pura essência e forma.
* Bacharel em Teologia Línguas Bíblicas (Grego e Hebraico). Licenciado em Pedagogia: Administração Escolar e Séries Iniciais. Licenciado em Ciências da Religião: Habilitação em Ensino Religioso. Pós-Graduado em Interdisciplinaridade na Educação com Metodologia do Ensino Superior. Pós-Graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Técnico Pedagógico na GEECT – Gerência da Educação, Ciência e Tecnologia. Professor de Filosofia da Educação na ACE – Joinville, SC. Escritor e Palestrante.
Em seguida passou a palavra à Susanna Bender do IEPES, a qual repassou informações confirmando a vinda de professores da Universidade de Virgínia Tech para a capacitação em 2006. A mesma está prevista para os dias 13 a 17 de março de 2006, sendo que nos dias 13 e 14 de março de 2006 ocorrerá com o primeiro grupo subdividido em quatro grupos de até 25 pessoas por grupo somando um total de 100 pessoas. No dia 15 de março de 2006 a capacitação ocorrerá com as mesmas escolas que já participaram da primeira capacitação em 2004. Nos dias 16 e 17 de março de 2006 a capacitação ocorrerá com o segundo grupo subdividido em quatro grupos de 25 pessoas somando um total de mais 100 pessoas. Sendo que desta forma o total de vagas para a capacitação em 2006 será de 200 vagas, as quais serão distribuídas entre as escolas da Rede Pública Estadual de Ensino. Bender também falou do repasse feito das cópias dos relatórios do Programa O Caráter Conta nas escolas da GEECT, as quais foram repassadas para análise da Associação dos Magistrados do Brasil, a qual deu parecer positivo ao Programa, alegando que o mesmo serve de exemplo para outras regiões do país, apesar da falta de recursos. Também incentivou a continuidade do Programa como uma atitude de pequenas ações contra a violência. Para a Associação dos Magistrados do Brasil e para o Juiz catarinense Rodrigo Colasso o Programa está de parabéns.
EEB Maria Amim Ghanen – A professora Auricélia falou da falta de recursos e das pessoas que ainda são contrárias ao programa e resistem ao mesmo, sendo que o maior desafio é envolver todos os professores. Os alunos têm interesse e estão envolvidos. Os pilares Zelo e Cidadania foram trabalhados com textos sobre o referendo tirados de jornais. Os alunos confeccionaram cartazes e elaboraram jogos sobre o Zelo e a Cidadania. Todos os alunos do ensino fundamental (4ª a 8ª séries) criaram joguinhos e as regras para os mesmos, também fizeram teatros e paródias. Um teatro foi apresentado em praça pública sobre Cidadania e Respeito. O professor Márcio trabalhou a pirâmide alimentar dentro do pilar Zelo promovendo o cuidado com a saúde.
EEB João Rocha – A escola realizou um debate sobre o referendo realizado no país sobre a proibição ou não da comercialização de armas de fogo. Para tanto convidou representantes da comunidade e líderes políticos e religiosos juntamente com os alunos da EEB Maria Amim Ghanen para participar. Um dos problemas enfrentados é a falta de envolvimento do corpo docente no Programa. Foi trabalhado o tema sexualidade com os alunos, os quais fizeram cartazes e produziram textos sobre o tema. Com os alunos da 4ª série foi desenvolvido um trabalho de conscientização e mudança de hábitos alimentares por meio da construção da horta comunitária dentro do espaço escolar. No desfile cívico de sete de setembro, a escola criou um pelotão com O Caráter Conta, com roupas e indumentárias relacionadas ao Programa na escola. Os alunos mais envolvidos são do primário, sendo que os professores do ginásio são os menos envolvidos no Programa. Foi tomada a decisão pela gestão escolar de adotar o programa como filosofia ética da escola. Os alunos realizaram trabalhos de artes usando as cores dos pilares e confeccionando mosaicos. Observaram-se mudanças nas atitudes e no comportamento dos alunos, principalmente relacionadas à alimentação e o lixo no pátio, o qual diminuiu. Susana Bender propôs divulgar as atividades das escolas estaduais na mídia, e Jorge Schemes sugeriu que as escolas buscassem parcerias e patrocínio para produzir cartazes e material para o Programa.
EEB João Martins Veras – Foram realizadas palestras sobre Cidadania e Justiça e estes pilares foram trabalhados nas aulas de filosofia. No dia dos pais foi realizada uma homenagem aos pais. Os pilares da escola foram pintados com as cores de cada pilar do programa. Os launos também participaram da feira das profissões e realizaram atividades tais como: confecção de cartazes e maquetes. Tudo foi divulgado no jornal do bairro. Está programado para 2006 o início de atividades com horta comunitária. A 4ª série elaborou uma sala de jogos e os estagiários da ACE criaram uma sala de leitura.
EEB Jorge Lacerda – Os alunos elaboraram trabalhos de artes e produção de textos na feira interdisciplinar realizada pela escola. Dilza da Rosa reclamou da ausência de um representante da GEECT na feira interdisciplinar e que as escolas têm excesso de atividades, o que é agravado pelas faltas dos professores.
EEB Gertrudes Benta Costa – Não houve a repercussão esperada com a implantação do Programa, e a principal dificuldade é a falta de recursos humanos. Os alunos produziram textos enfatizando os pilares do caráter. Os textos trabalhados em sala de aula foram de diferentes autores. O tema referendo foi associado ao Programa O Caráter Conta. Foi observada uma mudança positiva no comportamento dos alunos após a implantação do Programa na unidade escolar.
EEB Rudolfo Meyer – Ainda na há 100% de adesão ao Programa por parte dos professores e de alguns alunos. As principais dificuldades são a falta de recursos financeiros e humanos. Nas atividades desenvolvidas os alunos criaram livrinhos e poesias relacionadas aos pilares do caráter. Também assistiram a filmes sobre valores morais. Nas aulas de artes trabalharam poesia concreta e músicas. Foi observado que durante as olimpíadas os alunos demonstraram mais respeito mútuo. Pelo fato de não receber capacitação no Programa O Caráter Conta, a escola ainda encontra algumas dificuldades, contudo, a unidade escolar recebeu apoio da professora Auricélia. Os alunos apresentaram trabalhos com violão e violino, e a escola contou com a participação do coral da UNIVILLE. Estas apresentações foram realizadas no projeto Escola Aberta. Em algum momento houve a colaboração dos professores, mas ainda não é suficiente. Foi observada uma melhora no comportamento dos alunos os quais demonstram mais atitudes de respeito. Susana Bender representado o IEPES falou da importância da mídia expor mais o Programa O caráter Conta; Jorge Schemes da GEECT reafirmou a necessidade de O Caráter Conta servir como fundamentação ética para a integração dos demais projetos realizados pelas escolas servindo de catalisador e integrador das ações desenvolvidas. Citou o exemplo da EEB Maria Amim Ghanen, a qual integra as ações e projetos ao Programa. Este é um desafio a ser superado, o do trabalho integrado e interdisciplinar.
EEB Tufi Dippe – A unidade escolar trabalhou o conceito de caráter com as séries iniciais, pois iniciou as atividades no Programa no segundo semestre deste ano sem receber capacitação. Trabalhou com os launos o filme (desenho) “A Era do Gelo”, onde fica claro o bom caráter e o mau caráter. Com os alunos da 5ª a 8ª séries trabalhou textos na disciplina de Ensino Religioso. Com os alunos do Ensino Médio foram realizadas atividades com fábulas, dinâmicas e dramatizações. Não houve adesão de todos, mas houve cooperação positiva. A escola tem a intenção de participar da capacitação em 2006.
Jorge Schemes
Coordenador do Programa O Caráter Conta na GEECT
Ata da Reunião de 07/12/2005 – 15:00 horas.
Clarice Portella de Lima
Gerente Regional da GEECT
Escolas e instituições presentes:
1. EEB João Rocha.
2. EEB Gertrudes Benta Costa.
3. EEB Maria Amim Ghanen.
4. EEB Rudolfo Meyer.
5. EEB Rui Barbosa.
6. EEB Jorge Lacerda.
7. EEB Tufi Dippe.
8. EEB João Martins Veras
9. IEPES
10. GEECT
Escolas ausentes sem justificativa:
1. EEB Alícia B. Ferreira.
2. EEF Marli Maria de Souza.
3. EEB Georg Keller.
4. EEB Nair da Silva Pinheiro.
5. EEB Higino Aguiar.
6. EEB Juracy Maria Brosig.
7. EEB Nagib Zattar.
8. EEB Dom Pio de Freitas.
9. EEM Gov. Celso Ramos.
A abertura da reunião foi feita por Jorge Schemes da GEECT dando as boas vindas a todos e agradecendo a presença. Em seguida passou fez uma leitura do texto “O Rosto” para reflexão:
O ROSTO
Por: Jorge Schemes*
O rosto, como manifestação do humano é paradoxal, pois é ao mesmo tempo objetividade e subjetividade, tristeza e alegria, angústia e paz, “totalidade e infinito” (para mencionar uma das expressões de Emmanuel Lévinas). O rosto é manifestação e mistério; é concretude e idealismo, mas é no rosto e por ele que percebemos e somos percebidos enquanto seres humanos; o rosto nos aproxima e nos remete a uma necessidade ética universal. É pelo rosto que o outro nos impõe a necessidade de uma “alterconsciência” que de maneira nenhuma subjuga ou anula a autoconsciência. Essa “alterconsciência” (Consciência do outro) impõe a ética da alteridade como filosofia primeira, o que pressupõe uma relação ou inter-relação norteada pelo princípio do diálogo e da reverência. A ética da alteridade condena a segregação, a exclusão, os pré-conceitos e pré-juízos, e contempla o acolhimento do outro, a solidariedade, a diversidade e a justiça, não apenas como um discurso retórico, mas como atitude moral de comprometimento com o diferente, incluindo nesta classificação a nós mesmos, e conseqüentemente com o totalmente outro.
O rosto é a manifestação universal do humano no ser, do totalmente outro, fragmentado pelo mundo pós-moderno da técnica. O rosto é o clamor que se expressa sem palavras e que exige uma resposta ética, pois é no rosto e por ele que a totalidade do alter (outro) se comunica com o ego (eu), e é no rosto e por ele que o infinito (o transcendente) se torna um mistério e ao mesmo tempo se deixa antever. O rosto do outro assim como o meu rosto para o outro são ao mesmo tempo independentes e interdependentes, no sentido ético e moral isso significa autonomia e heteronomia. A ética da alteridade tem seu pressuposto fundamentado na heteronomia sem a exclusão da autonomia. Assim, o que importa é a relação ética que fundamenta as ações e o comportamento diante do rosto de outrem e dele para o nosso.
O rosto é clamor e exigência ética, ignorá-lo é viver no vazio do egoísmo individualista da autoconsciência. Antes de uma ontologia, faz-se necessário e imperativo uma alterconsciência ética. Ignorar o rosto e sua manifestação caleidoscópica e concreta diante de nós, equivale a ignorar o transcendente. O rosto é o convite ético do infinito na forma finita. Esse convite exige uma resposta do ego (eu), e essa resposta só pode ser possível por meio da ética da alteridade como filosofia primeira. O rosto nos impõe responsabilidade moral, o rosto nos conclama à justiça social, o rosto do outro estabelece os limites éticos e morais de minhas ações. Olhar no rosto do outro estabelece o primeiro passo para o compromisso e para o comprometimento ético, pois não podemos viver apenas para o ego solitário (egocentrismo) sem considerar que o rosto do outro nos convoca à justiça social e à solidariedade. O outro e nós mesmos nos revelamos no rosto na categoria de humanos, na condição de igualdade, mas ao mesmo tempo nos ocultamos nele, pois como já refletimos o rosto é totalidade humana (finitude) e totalidade divina (infinito e transcendência). O rosto é a expressão do humano que se impõe ao anti-humanismo pós-moderno, o qual vem até nós embrulhado na forma do consumismo. O rosto do outro, do excluído, é grito e súplica, e é ao mesmo tempo manifestação ética e exigência ética. O rosto do outro nos convoca à alteridade na qualidade de filosofia primeira. E como filosofia primeira, a alteridade se manifesta na ética em sua mais pura essência e forma.
* Bacharel em Teologia Línguas Bíblicas (Grego e Hebraico). Licenciado em Pedagogia: Administração Escolar e Séries Iniciais. Licenciado em Ciências da Religião: Habilitação em Ensino Religioso. Pós-Graduado em Interdisciplinaridade na Educação com Metodologia do Ensino Superior. Pós-Graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Técnico Pedagógico na GEECT – Gerência da Educação, Ciência e Tecnologia. Professor de Filosofia da Educação na ACE – Joinville, SC. Escritor e Palestrante.
Em seguida passou a palavra à Susanna Bender do IEPES, a qual repassou informações confirmando a vinda de professores da Universidade de Virgínia Tech para a capacitação em 2006. A mesma está prevista para os dias 13 a 17 de março de 2006, sendo que nos dias 13 e 14 de março de 2006 ocorrerá com o primeiro grupo subdividido em quatro grupos de até 25 pessoas por grupo somando um total de 100 pessoas. No dia 15 de março de 2006 a capacitação ocorrerá com as mesmas escolas que já participaram da primeira capacitação em 2004. Nos dias 16 e 17 de março de 2006 a capacitação ocorrerá com o segundo grupo subdividido em quatro grupos de 25 pessoas somando um total de mais 100 pessoas. Sendo que desta forma o total de vagas para a capacitação em 2006 será de 200 vagas, as quais serão distribuídas entre as escolas da Rede Pública Estadual de Ensino. Bender também falou do repasse feito das cópias dos relatórios do Programa O Caráter Conta nas escolas da GEECT, as quais foram repassadas para análise da Associação dos Magistrados do Brasil, a qual deu parecer positivo ao Programa, alegando que o mesmo serve de exemplo para outras regiões do país, apesar da falta de recursos. Também incentivou a continuidade do Programa como uma atitude de pequenas ações contra a violência. Para a Associação dos Magistrados do Brasil e para o Juiz catarinense Rodrigo Colasso o Programa está de parabéns.
EEB Maria Amim Ghanen – A professora Auricélia falou da falta de recursos e das pessoas que ainda são contrárias ao programa e resistem ao mesmo, sendo que o maior desafio é envolver todos os professores. Os alunos têm interesse e estão envolvidos. Os pilares Zelo e Cidadania foram trabalhados com textos sobre o referendo tirados de jornais. Os alunos confeccionaram cartazes e elaboraram jogos sobre o Zelo e a Cidadania. Todos os alunos do ensino fundamental (4ª a 8ª séries) criaram joguinhos e as regras para os mesmos, também fizeram teatros e paródias. Um teatro foi apresentado em praça pública sobre Cidadania e Respeito. O professor Márcio trabalhou a pirâmide alimentar dentro do pilar Zelo promovendo o cuidado com a saúde.
EEB João Rocha – A escola realizou um debate sobre o referendo realizado no país sobre a proibição ou não da comercialização de armas de fogo. Para tanto convidou representantes da comunidade e líderes políticos e religiosos juntamente com os alunos da EEB Maria Amim Ghanen para participar. Um dos problemas enfrentados é a falta de envolvimento do corpo docente no Programa. Foi trabalhado o tema sexualidade com os alunos, os quais fizeram cartazes e produziram textos sobre o tema. Com os alunos da 4ª série foi desenvolvido um trabalho de conscientização e mudança de hábitos alimentares por meio da construção da horta comunitária dentro do espaço escolar. No desfile cívico de sete de setembro, a escola criou um pelotão com O Caráter Conta, com roupas e indumentárias relacionadas ao Programa na escola. Os alunos mais envolvidos são do primário, sendo que os professores do ginásio são os menos envolvidos no Programa. Foi tomada a decisão pela gestão escolar de adotar o programa como filosofia ética da escola. Os alunos realizaram trabalhos de artes usando as cores dos pilares e confeccionando mosaicos. Observaram-se mudanças nas atitudes e no comportamento dos alunos, principalmente relacionadas à alimentação e o lixo no pátio, o qual diminuiu. Susana Bender propôs divulgar as atividades das escolas estaduais na mídia, e Jorge Schemes sugeriu que as escolas buscassem parcerias e patrocínio para produzir cartazes e material para o Programa.
EEB João Martins Veras – Foram realizadas palestras sobre Cidadania e Justiça e estes pilares foram trabalhados nas aulas de filosofia. No dia dos pais foi realizada uma homenagem aos pais. Os pilares da escola foram pintados com as cores de cada pilar do programa. Os launos também participaram da feira das profissões e realizaram atividades tais como: confecção de cartazes e maquetes. Tudo foi divulgado no jornal do bairro. Está programado para 2006 o início de atividades com horta comunitária. A 4ª série elaborou uma sala de jogos e os estagiários da ACE criaram uma sala de leitura.
EEB Jorge Lacerda – Os alunos elaboraram trabalhos de artes e produção de textos na feira interdisciplinar realizada pela escola. Dilza da Rosa reclamou da ausência de um representante da GEECT na feira interdisciplinar e que as escolas têm excesso de atividades, o que é agravado pelas faltas dos professores.
EEB Gertrudes Benta Costa – Não houve a repercussão esperada com a implantação do Programa, e a principal dificuldade é a falta de recursos humanos. Os alunos produziram textos enfatizando os pilares do caráter. Os textos trabalhados em sala de aula foram de diferentes autores. O tema referendo foi associado ao Programa O Caráter Conta. Foi observada uma mudança positiva no comportamento dos alunos após a implantação do Programa na unidade escolar.
EEB Rudolfo Meyer – Ainda na há 100% de adesão ao Programa por parte dos professores e de alguns alunos. As principais dificuldades são a falta de recursos financeiros e humanos. Nas atividades desenvolvidas os alunos criaram livrinhos e poesias relacionadas aos pilares do caráter. Também assistiram a filmes sobre valores morais. Nas aulas de artes trabalharam poesia concreta e músicas. Foi observado que durante as olimpíadas os alunos demonstraram mais respeito mútuo. Pelo fato de não receber capacitação no Programa O Caráter Conta, a escola ainda encontra algumas dificuldades, contudo, a unidade escolar recebeu apoio da professora Auricélia. Os alunos apresentaram trabalhos com violão e violino, e a escola contou com a participação do coral da UNIVILLE. Estas apresentações foram realizadas no projeto Escola Aberta. Em algum momento houve a colaboração dos professores, mas ainda não é suficiente. Foi observada uma melhora no comportamento dos alunos os quais demonstram mais atitudes de respeito. Susana Bender representado o IEPES falou da importância da mídia expor mais o Programa O caráter Conta; Jorge Schemes da GEECT reafirmou a necessidade de O Caráter Conta servir como fundamentação ética para a integração dos demais projetos realizados pelas escolas servindo de catalisador e integrador das ações desenvolvidas. Citou o exemplo da EEB Maria Amim Ghanen, a qual integra as ações e projetos ao Programa. Este é um desafio a ser superado, o do trabalho integrado e interdisciplinar.
EEB Tufi Dippe – A unidade escolar trabalhou o conceito de caráter com as séries iniciais, pois iniciou as atividades no Programa no segundo semestre deste ano sem receber capacitação. Trabalhou com os launos o filme (desenho) “A Era do Gelo”, onde fica claro o bom caráter e o mau caráter. Com os alunos da 5ª a 8ª séries trabalhou textos na disciplina de Ensino Religioso. Com os alunos do Ensino Médio foram realizadas atividades com fábulas, dinâmicas e dramatizações. Não houve adesão de todos, mas houve cooperação positiva. A escola tem a intenção de participar da capacitação em 2006.
Jorge Schemes
Coordenador do Programa O Caráter Conta na GEECT
Ata da Reunião de 07/12/2005 – 15:00 horas.
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